A Poesia Caótica do Infinito
Alguém saberia dizer porque raios, rios, raízes, vasos sanguíneos, galhos e nervuras de folhas e flores tem uma forma tão semelhante? O fato de terem o padrão fractal em comum, por si somente não explica a complexidade de sua origem.
O que me atrai na Teoria do Caos, não é o Caos a que se refere seu nome, mas sim uma maneira poética de mostrar magicamente o caminho para explicar as regras do Acaso…
Então se ao invés do Acaso resolvermos chamar essa mágica de “Deus”, gosto de pensar que a Teoria do Caos poderia ser o mapa para encontrar suas pegadas…
Mas qual seria a fisiogenia deste sistema de formas caóticas cujo padrão complexo possui tantas semelhanças entre si? Talvez a resposta não seja tão fácil ( e esta é a sua graça!) e esteja onde o fim torna ao princípio e o princípio torna ao fim como se fechasse um círculo absoluto.
Um fractal contem infinitas cópias de si mesmo, tanto em escalas maiores quanto menores, mas sua principal mensagem é uma dica de simplificação que me remeteu à máxima hermética: “Assim como é em cima, é em baixo” que representa a unificação tão buscada para a mecânica quântica e a newtoniana. É como se fosse um mapa para o pensamento de um Deus que fosse suposto existir. E ainda assim, é uma alusão à simplicidade necessária para desmistificar a complexidade do raciocínio.
Assim este ensaio é uma homenagem à toda busca que ainda não terminou… Mas que caminha pelo “quase pronto”, pelo caminho mágico da intuição. É um poema dedicado a todo processo criativo… ao olhar fora da caixa do convencional e, ao mesmo tempo, um lembrete à necessidade de deixar a mente voar pelo desconhecido sem medo de se perder de si mesma. Porque é importante partir para onde não há respostas…
Se quiser visualizar o todo, então estude a parte. Assim, se quiser entender o Universo, então estude a si mesmo.